veja... pois vale ser visto!
Este blog serve para mim como um livro, nele divulgo as minhas poesias fotos de pinturas bem como meus pensamentos e sentimentos, a poesia para mim é como uma filha que criei com amor, que ao seu tempo foi para o mundo, sei que esta passará de mão em mão, é o destino da poesia ( cair na vida ) não me cabe rete-la. Talvez os meus sentimentos sejam comungado com outras pessoas que vejam o mundo pelos mesmos olhos que eu. Portanto dedico este blog a todas as pessoas que valorizam o amor.
sábado, 21 de abril de 2012
Quem serei não me importa ( RICARDO ROSSI )
Me decomponho em pedaços de mim
para me fazer de novo no agora,
e no agora me desconheço,
minha imagem do espelho me reflete no ontem...
Não sou o presente, nem do passado me faço,
do futuro espero só o que ele me de sem exaspero... com
calma.
Todas as lembranças do ontem se afastam na medida do tempo,
fragmentan-se em pó de memória até serem nada.Não sou a soma do que em mim foi vivido,
sou a espera do que em mim aguarda.
Explicar-se é algo que beira entre a loucura e a vaidade,
então não se explica, apenas se é no que o ser se mostra.
Quem fui não me lembro,quem sou não conheço,
quem serei não me importa!
S.C. do Sul
21/04/2012 09:26h
Ricardo Rossi
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Sossega, coração! Não desesperes! ( FERNANDO PESSOA )
Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.
Fernando Pessoa, 2-8-1933.
Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.
Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!
Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.
TENHO APENAS
PALAVRAS ( RICARDO ROSSI )
Eu bem sei que escrevo para você,
e aguardo a expressão do seu sentir
ao que minhas palavras te buscou.
Não me importa se outros corações alcançou.e bebo de cada palavra dita
a essência do sentido que tu sentia.
Me sinto em êxtase na resposta aguardada.
eu completo o que tu calas a vida.
Minha vida é repartir o que tenho
e tenho apenas palavras.
Então vestindo das palavras que são os tesouros de um rei
sem reino,
me completo em ti minha doce amiga!
S.C.do Sul
16/04/2012 09:16h
Ricardo Rossi
domingo, 15 de abril de 2012
APENAS ESCREVER (
RICARDO ROSSI )
escrever é tão natural como respirar
eu não penso quando respiro
eu não penso quando escrevomas as vezes tenho a cara n`agua.
quando eu era menino tinha uma bicicleta e um mundo a minha frente
um dia a bicicleta foi embora ... o mundo ficou a minha frente.
tenho vontade de acender meia vela a nossa senhora da boa morte,
a outra metade a nossa senhora da boa sorte.
pensar em escrever é como ter a cara na água
é difícil por no papel o que se tem na cabeça,
o que se tem no coração vai ao papel como o brilho de um relâmpago.
sem ideias arquitetadas, apenas palavras que brotam como sementes
e germinam e florescem e frutificam e fazem todo o sentido da vida nelas.
S.C. do Sul 15/04/2012 17:13h
Ricardo Rossi
Sem guardar saudades ( Ricardo Rossi )
Os anos, quando passam pelas janelas do nosso olhar
nos trazem mais saudades e menos alegrias,
sinto saudades de um tempo em que eu era a alegria no olhar!
Eu desconhecia o tempo e seus valores, a vida passava
doce... mesmo em suas tristezas.
meu coração era mais puro e ingênuo, meus olhos brilhavam
diante da vida.
Hoje meu olhar vê as lembranças que o tempo amarrou no
passado,
e a cada dia ficam mais distantes de mim...
um dia esquecerei as doces lembranças... o tempo as
escondera.
Minha memória será retida no instante presente,
esquecerei as saudades e a ingenuidade pura que um tempo
morou em meu coração.
Serei então apenas um homem que caminha por este mundo,
o mundo será um lugar sem mistério e a vida o passar do
tempo.
Não conto o tempo, apenas o vejo passar diante de mim,
ele se repete no giro do relógio, nas estações do ano, nas
folhas do calendário.
Apenas se repete, sem mistérios... sem guardar saudades.
S.C. do Sul 15/04/2012
8:08 h
Ricardo Rossi
sábado, 14 de abril de 2012
PERDÃO ( RICARDO ROSSI )
No momento em que
tenha que pedir perdão a vida que tive,
pedirei perdão ao por do sol que esqueci,
a flor que me passou despercebida,
ao amigo que não conheci,
pedirei perdão ao por do sol que esqueci,
a flor que me passou despercebida,
ao amigo que não conheci,
as palavras que calei quando a voz se fazia necessária,
as omissões que pratiquei de mim comigo mesmo,
as que pratiquei aos meus semelhantes,
as que tive diante da natureza.
Sou humano e me escondo na fraqueza humana,
mas não há perdão ao que se esconde na fraqueza.
Pedirei perdão ao momento que baixei minha visão
quando existia um horizonte à minha frente.
mas não há perdão ao que se esconde na fraqueza.
Pedirei perdão ao momento que baixei minha visão
quando existia um horizonte à minha frente.
Pedirei perdão as minhas mãos...
quando eu as retive e poderia estende-las,
ao tempo que derramei inútil e o poderia
ter-lhe dedicado a vida.
No momento em que tenha que pedir perdão a vida que tive,
estenderei minhas mãos, erguerei meus olhos
para um horizonte que não conheço,
serei então infinitamente livre de todos os pecados que carreguei.
estenderei minhas mãos, erguerei meus olhos
para um horizonte que não conheço,
serei então infinitamente livre de todos os pecados que carreguei.
S.C. do Sul
14/04/2012 10:10h
Ricardo Rossi
terça-feira, 10 de abril de 2012
Coisas do Mundo, Minha Nêga ( Paulinho da viola )
Na boca as mesmas palavras, no peito o mesmo remorso
Nas mãos a mesma viola onde gravei o teu nome
Venho do samba há tempo, nega, vim parando por aí
Primeiro achei Zé Fuleiro que me falou de doença
Que a sorte nunca lhe chega, está sem amor e sem dinheiro
Perguntou se eu não dispunha de algum que pudesse dar
Puxei então da viola, cantei um samba pra ele
Foi um samba sincopado que zombou do seu azar
Hoje eu vim, minha nega, andar contigo no espaço
Tentar fazer em seus braços um samba puro de amor
Sem melodia ou palavra pra não perder o valor
Depois encontrei seu Bento, nega, que bebeu a noite inteira
Estirou-se na calçada sem ter vontade qualquer
Esqueceu do compromisso que assumiu com a mulher
Não chegar de madrugada, e não beber mais cachaça
Ela fez até promessa, pagou e se arrependeu
Cantei um samba pra ele, que sorriu e adormeceu
Hoje eu vim, minha nega, querendo aquele sorriso
Que tu entregas pro céu quando te aperto em meus braço
Guarda bem minha viola, meu amor e meu cansaço
Por fim eu achei um corpo, nega, iluminado ao redo
Disseram que foi bobagem, um queria ser melhor
Não foi amor nem dinheiro a causa da discussão
Foi apenas um pandeiro que depois ficou no chão
Não tirei minha viola, parei, olhei e vim-me embora
Ninguém compreenderia um samba naquela hora
Hoje eu vim, minha nega, sem saber nada da vida
Querendo aprender contigo a forma de se viver
As coisas estão no mundo só que eu preciso aprender.
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