sábado, 25 de junho de 2011

O medo que sinto de mim mesmo ( Ricardo Rossi )

Não gosto de não gostar das coisas,
quando não gosto de alguém a quem conheço neste instante,
é porque amarei este alguém, em um futuro que não conheço.
Ter valores pré-determinado na vida, é algo estranho.
Como saber as coisas sem se expor a elas?
Não gostar das coisas é o modo que usamos a nos proteger,
é triste gostar das coisas que não mais estão ao alcance das mãos,
assim como é triste gostar de pessoas que não estão mais ao alcance da nossa voz,
a voz se perde no vazio a frente, e lembranças tristes ou belas nos visitam a memória.
Quando não gosto das coisas é por pura covardia de minha parte!
É a defesa imediata que me permite não sentir falta do que eu gosto, ou de quem amo.
meu escudo de não gostar de nada... é o medo que sinto de mim mesmo.

São Caetano do sul 25/06/2011 20:03h
Ricardo Rossi

Um comentário:

  1. Não se arquivam tristes lembranças.
    São energias negativas que provocam inseguranças e travam nossos passos.
    Elas devem ser soltas e dissipadas no vento do tempo.
    Abra a porta da memória somente para as boas lembranças; aquelas em que só de nelas pensar, um sorriso brota no canto dos lábios sem pedir licença.
    Boas lembranças espantam receios e medos de nós mesmos e nos instigam a decifrar a vida.
    O escudo protege da dor mas também isola e esfria a alma!
    O coração não hiberna - ele requer calor.

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