sábado, 18 de setembro de 2010

Almas pecadoras ( Ricardo Rossi )

Me encantam as almas pecadoras,
os seres santificados não me precisam!
Sou alma pecadora e meus pecados vivem comigo
em todas as manhãs acordo dos meus sonhos,
revejo os pecadores, contas de meu rosário.
Eu sou a cruz que no meio dependurada,
baila no ar entre pecados meus e alheios.
E não há pecado na alma, há vazios...
Há histórias perdidas e desencontradas,
dores sem remédio e remediados sem cura.
Sem remédio é o pecado que fica na alma...
São santos meus pecadores, e eu santificado,
nas angústias passadas vivas no presente.
E nada se muda porque não existe o perdão,
são palavras criadas para determinar sentenças!
E as cruzes vivem nos calvários de cada vivente,
as carregamos... e já não nos pesa nada.
As cruzes já estão impregnadas de nós mesmos,
somos as próprias cruzes que ostentamos.
Somos os pecados presentes e de pecados perdoados.
Somos santificados pelos pecados e pecadores santos,
sem remorsos nem pudores nós nos perdoamos.
E tudo está perdoado e tudo está santo ou santificado.
E tudo é a divina pureza... em água santa banhada.


S.Paulo 18/09/2010 07:50h ( H. A.C.Camargo )


Ricardo Rossi

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