Si o doto mi pregunta pru que to aqui, num sei,
sei qui minha mãe era Maria i meu pai Aresteu,
sei qui um dia pegamo um trem, i num sei di onde a gente vinha.
Viemo pra qui nesta cidade, i cum fio novo nu colo,
minha mãe mando eu i ganha dinhero; catando pape,
lata i otra coisa di valia.
Sai por esse mundão di adificio pra ganha du meu oficio,
Catei pape di muito, lata di um poco e coisa di valia,
nunca catei nada!
Andei noite i dia , i a cidade si esparramava,
i mais andava, mais perdia .
Nunca mais vi pai Aresteu, nunca mais ovi mãe Maria.
S.Paulo 20/09/2010 08:41h
Ricardo Rossi
Este blog serve para mim como um livro, nele divulgo as minhas poesias fotos de pinturas bem como meus pensamentos e sentimentos, a poesia para mim é como uma filha que criei com amor, que ao seu tempo foi para o mundo, sei que esta passará de mão em mão, é o destino da poesia ( cair na vida ) não me cabe rete-la. Talvez os meus sentimentos sejam comungado com outras pessoas que vejam o mundo pelos mesmos olhos que eu. Portanto dedico este blog a todas as pessoas que valorizam o amor.
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"Coisa de valia"
ResponderExcluirEu não sabia que assim vc também escrevia!
Muito legal!
Gostei!
Gostei muitio!!!!
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