terça-feira, 27 de julho de 2010

BAILARINA

Recriei teu nome amada,
te vesti de água
e te penteei de vento,
te levei ao campo dos meus sonhos
e te fiz única...
bailarina triste
a dançar no vento,
a recolher nas cores os
fragmentos da minha poesia...
porque viestes um pouco a cada dia
em formas jamais sonhadas.
És a flor...és mulher...és a dor.
E eu, teu lírico cantor.
teu pássaro sem asas.
E meu canto triste se espalha
ao vento onde tu bailas.
E levas em tuas mãos esguias
todos os sentidos que me assombram,
porque és tu a bailarina do vento
e teus passos caminham ao infinito,
na tênue linha que divide
a sombra e a claridade.
Bailarina triste de um
pássaro sem asas.
E meus olhos não te alcançaram,
no teu bailar ligeiro.
E meu canto não chegou
a tua alma.
Pois viajavas em rítmicos passos
para além do campo de meus sonhos.
Deixando gravada na minha lembrança,
a forma feminina...
da minha mais triste saudade.

São Vicente
04/12/05 – 11h:38min
Ricardo Rossi

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