sexta-feira, 23 de julho de 2010

Os nomes não importam ( Ricardo Rossi )

Fomos apenas o meu sonho,
E a noite acordou na manhã,
Ficaste pregada no meu sonho.
E no despertar da manhã... partiste.

Fiquei a contemplar o sol da manhã,
O tempo passou sobre meu vivo-ser-decadente,
E meus sonhos, sonhos de amor...
Perderan-se em meu destino de homem,

Não quero sonhar, não amo o que no sonho se cria,
Manhãs quentes e frias meus sonhos matam!
Morro eu todos os dias, em cada manhã que desperto,
Morre mais meu coração que endurece em pedra.

Viva pedra que pulsa, que leva pelas veias,
Fluido vivo que meu ser anima.
E meu coração de viva pedra aquece meu olhar.
Meu olhar se perdeu no horizonte desta manhã!

Meu ser de poeta – suicida se mata em palavras.
Mas recria no amor que busco onde não posso,
O brilho que não mereço, no entanto desejo.
Teu nome não me veio pelo vento.



Nem flores colho em minha alma,
Partiste de mim antes da chegada,
Eu partiste de ti antes da despedida,
Partimos antes do encontro!

Não temos nomes, somos nada em nós mesmos.
Existimos diante da vida, realidade, eu não sei?
Meu tempo realiza o presente... estou no mundo!
Vivendo diante de mim mesmo!

E meu olhar já se perdeu , distante ficou de mim.
Não quero sonhos nem palavras de amor,
O brilho de olhos do que fui menino... já morreu!

(Iniciado em lugar que não sei e terminado em são Caetano do sul em 03/01/10 as 13:55
E que fique sem titulo , pois os nomes não importam.)
Ricardo Rossi

Nenhum comentário:

Postar um comentário