domingo, 1 de agosto de 2010

Amar é mentir para a alma

Amar é mentir para a alma
com as palavras do coração,
mas amar é também
perder os sentidos,
viver sem razão.
Amar talvez seja,
a razão no avesso
da razão ou
razão sem ela.
Amar eu não sei definir...
É como viver e fingir
que no mundo não
há mais nada.
Amar dói na alma,
amar tira a calma,
amar tira a
fome e o sono.
(Ótimo para quem quer perder alguns quilos, e também alguns anos).
Amar é viver
fora dos planos,
é viver sem planos,
é só querer estar perto,
e quando perto ser um só,
e ainda mais
o que eu não sei.
Só sei que amo...
com os olhos,
com as mãos,
com meus pés.
E sem razão!
Amo de dia,
de noite,
e pela madrugada.
Amo certo de uma
maneira errada.
Amo pelo direito
e pelo esquerdo.
E no centro... também amo.
Amo por certeza e amo por engano.
Amo de tanto jeito.
Na rua, no chuveiro,
No passeio e na cama.
E quando penso em mim
vejo minha amada.
E quando eu de mim quero,
é minha amada que desejo.
E tua voz me acalanta
e teu chamado me acorda.
E não quero rimas das palavras.
Pois amar não deve rimar com nada.
Amar é só amar...
Amar de graça pela alegria e pela desgraça.
Amor coisa tola coisa de bobo
sem graça.
E tudo que quero é amar sem freio.
Um filme sem enredo, colorido em preto-branco.
E amar sem glorias nem mistério.
Sem sul nem norte,
sem riqueza nem sorte.
Amar... amar... amar...
Amar demais, mais da conta.
E quando do amor já não
puder mais meu corpo,
quero morto...
amar pela alma !



São Vicente
08/09/06 – 23:37h
Ricardo Rossi
(e eu só queria escrever uma carta de amor!)

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