domingo, 22 de agosto de 2010

A colher conchinhas ( Ricardo Rossi )

É porque escrevo desfazendo os nós d’alma,
sei que pela estrada do papel, vou jogando fora
o que me pois a descontente de mim mesmo.
Dores sempre existirão, mas não as quero chorar!
Vou agora por esta estrada do papel que desconheço,
em busca do fim a um novo começo,
e do que em mim se faz perdão.
Não desejo tristezas e melancolias desfazendo as trades.
Também não serei a pureza da alegria,
Serei natural... pretendo ser natural um dia!
A tristeza sempre existirá, e é natural ser triste,
e é natural ser contente... e a vida assim se faz.
Meu relógio não tem ponteiros,
ando desgarrado do tempo,
não me importa as coisas que se prenderam no tempo,
quero abrir uma porta no muro que prendeu meus pensamentos.
O rio sempre corre para o mar,
a vida sempre segue como o sol ao poente.
O que se foi de mim, é o que nunca tive,
meu coração esta presente,
e não se prende aos ponteiros do tempo.
Sou eu o velho homem, que se faz menino de novo,
caminhando descalço pela praia, a colher conchinhas.

S.C.Sul 21/08/2010 13:38h

Ricardo Rossi

Um comentário:

  1. Abra portas no muro para que pensamentos, sentimentos e alma tenham livre trânsito, mas não se esqueça de abrir também janelas.
    Se algum dia tiver que momentaneamente fechar portas por conta de tempos ruins, através da vidraça poderá ver sorrisos que lhe acalentarão a alma e o coração enquanto espera o bom tempo.

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