sábado, 21 de agosto de 2010

Meus olhos buscam ( Ricardo Rossi )

Nos caminhos meus olhos buscam,
e nada sei o que busca meu olhar,
quando encontram o que buscam,
Não se faz surpresa em meu olhar!

Nada buscam meus pensamentos,
não deseja nada encontrar meu pensamento,
o dia vem e acorda o meu olhar...
Meus olhos buscam, mas meus pensamentos estão quietos!

Já não sou a corredeira do rio estreito,
Estou nas águas que o largo lago espelha.
E as flores floriram e o vento soprará,
e no espelho do lago, minha alma se deixa.

Não tenho mais pressa, ando mais lento,
e vejo mais devagar cada coisa,
e as coisas me vêem sem surpresa!
E somos íntimos porque nos desconhecemos.

Já não quero mais as coisas,
e elas de mim não necessitam!
Nos desconhecemos, somos íntimos , e não nos queremos!
Precisar de nada é ser livre em tudo!

Caminho agora pela vida como quem nasceu de novo.
E pouco importa se há destino!
Sigo pelos caminhos que já existiam,
e os caminhos existiam na minha ausência.

Nada afeta ao que existe, sempre existirá!
Pois assim há de ser, e será sempre.
As coisas não nos precisam...
E as coisas ficaram como coisas que sempre foram.

Quando eu partir, não levarei as saudades nem mágoas,
ficaram do lado de fora do meu túmulo,
La não haverá espaço suficiente!
Em uma placa sobre a terra...o nome que me coube.
E tudo estará perfeito, como perfeito sempre foram!

S.C.Sul 21/10/2010 10:23h


Ricardo Rossi

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