Estou doente, há muito tempo doente...
E cura não se vê, ficarei para sempre doente.
A casa em que nasci desabou , virou um edifício,
como uma lapide gigante ... aqui um dia nasceu!
Meus males me acompanham, e por ter a tanto comigo,
amigos meus são pelas entranhas.
As flores do jardim que um dia despertou meu olhar,
morreram, não de saudade que as flores não sentem,
morreram, velhas.
Já não vejo o jardim que despertou meu olhar,
busco outras flores, mas elas estão sem brilho.
Meu olhar já não desperta , apenas vê.
E meus sentidos os guardo na gaveta.
Meus sentidos me importunam, não penso com clareza.
Minha gaveta esta cheia, preciso de gavetas...
Muitas gavetas para guardar sentidos, onde eu os tranque
engavetados e deixe meus sentimentos ali esquecidos.
Visto a limpa camisa e penteio o cabelo,
me ajeito em meu jeito e saio.
Na porta de entrada, por onde saio, encontro meu passado,
que segue comigo no presente.
Me ajeito de meu jeito, e sigo eu comigo,
simplesmente... calado.
S. Paulo 06/08/2010
Ricardo Rossi
Este blog serve para mim como um livro, nele divulgo as minhas poesias fotos de pinturas bem como meus pensamentos e sentimentos, a poesia para mim é como uma filha que criei com amor, que ao seu tempo foi para o mundo, sei que esta passará de mão em mão, é o destino da poesia ( cair na vida ) não me cabe rete-la. Talvez os meus sentimentos sejam comungado com outras pessoas que vejam o mundo pelos mesmos olhos que eu. Portanto dedico este blog a todas as pessoas que valorizam o amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário