domingo, 15 de agosto de 2010

Finitamente eterno ( Ricardo Rossi )

As vezes creio que tenho o perfeito entendimento da vida,
creio que a vida é um sopro apenas,
uma leve brisa que agita nossos cabelos,
um tempo ínfimo, que sentimos como tempo eterno.

As vezes creio que amar é o verdadeiro sentido,
e se entregar sem resistência ao que a vida dá,
e colher o que nas mãos caibam, e ser feliz ao que se tem.
Sendo o mesmo sentido diante dos enigmas divino.

As vezes creio que nada sei!
E nada devo saber diante do infinito, ver apenas!
Apenas saber o sobreviver ao tempo que tenho.
Comer, beber, respirar... existir apenas!

E dentro de mim algo se agita, quero o infinito...
Alem de mim mesmo quero o eu eterno,
quero o que não tenho, quero o omitido de mim,
O que ao tempo resiste, que se perpetue em meu ser!

Me contento de nada saber, e ter toda a ciência comigo.
E ser eterno no meu tempo finito,
Comer, beber, respirar... e ser alem de mim,
Um eu que me faço presente no agora finitamente eterno!

S.C.Sul 15/08/2010 9:58h

Ricardo Rossi

Um comentário:

  1. Tempo, espaço e sentimento...três tópicos sempre existentes no seus poemas...

    "Um eu que me faço presente no agora finitamente eterno!" => adorei!

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